A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu em flagrante, na segunda-feira (15/01/2024), Cícero Eduardo Oliveira Júnior, conhecido como “O Ciclope” ou “Careca”, responsável por fornecer armas de fogo e transportar drogas para grupos criminosos de outros estados.
Os materiais estavam em posse de um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e, a partir disso, foi possível obter informações acerca de Cícero Eduardo, que também seria CAC. O homem também tem passagem por usurpação de bens da união, haja vista que trabalhava em um garimpo ilegal.
Reportagem exibida em março de 2023 pelo programa Fantástico, da Rede Globo, alertou para o envolvimento dos CACs em ocorrências policiais da Lei Maria da Penha. Entre 2019 e 2021, ou seja, os três primeiros anos do mandato de Jair Bolsonaro, a prática de violência contra as mulheres por esses homens aumentou 1.200%, claro resultado da liberação geral das armas sob o estímulo do governo anterior.
Conforme o delegado Cícero Túlio, titular da unidade policial, a investigação faz parte de um desdobramento da Operação Paiol, deflagrada no final do ano passado, que resultou na apreensão de aproximadamente 30 mil munições e diversas armas de fogo. Com ele, foram apreendidas duas pistolas, uma carabina CTT calibre 40 e um fuzil, além de munições e 31 tabletes de maconha.
“A função do Cícero Eduardo no grupo criminoso era adquirir as armas e repassar para pessoas vinculadas ao tráfico de drogas no Amazonas, tendo em vista a facilidade dele em obter os armamentos devido ser um atirador desportivo. Além disso, ele também era responsável por guardar as drogas do grupo criminoso”, disse.
Segundo o delegado, na residência do indivíduo, situada no conjunto Ajuricaba, bairro Alvorada, zona centro-oeste, a equipe policial do 1º DIP apreendeu uma expressiva quantidade de drogas que seriam enviadas para São Paulo, conforme orientação passada a ele por um indivíduo identificado como “Kiko”. As investigações estão em andamento para localizá-lo.
“As drogas eram oriundas da calha do Rio Solimões, principalmente do município de Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus) e Benjamin Constant (a 1.121 quilômetros de Manaus), por isso, a partir de agora, iremos investigar quem seriam os responsáveis por remeter esse material para a capital amazonense”, salientou. De acordo com o titular, as investigações também seguirão para identificar outros possíveis envolvidos neste grupo criminoso.
Com informações da assessoria de imprensa da PC-AM
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