Amazonas

Amazonas: Insegurança alimentar afeta dois milhões de pessoas

Entre esses domicílios, 113 mil enfrentaram uma situação de insegurança alimentar grave, indicando que não apenas os adultos, mas também as crianças, quando presentes, passaram por privações severas no consumo de alimentos, podendo chegar à fome

Em 2023, cerca de 530 mil domicílios no Amazonas vivenciaram algum grau de insegurança alimentar. Entre esses, 113 mil enfrentaram uma situação gravíssima, onde tanto adultos quanto crianças passaram por privações severas no consumo de alimentos, podendo chegar à fome. Em números absolutos, isso representa aproximadamente dois milhões de amazonenses vivendo em condições de insegurança alimentar. Os dados são a Pesquisa sobre Segurança Alimentar no Brasil, realizada em 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (25/04/2024).

A insegurança alimentar é classificada em três graus: leve, moderada e grave. No Amazonas, 1,2 milhão de pessoas estão em situação de insegurança alimentar leve, enquanto 266 mil enfrentam a insegurança moderada. Além disso, 437 mil pessoas vivem em condição de insegurança alimentar grave.

Em termos percentuais, o Amazonas apresenta uma disparidade significativa em relação ao restante do país. Enquanto 57,4% dos domicílios no estado estão em situação de segurança alimentar, 42,6% enfrentam algum nível de insegurança alimentar. Esses números revelam uma diferença de 15 pontos percentuais em comparação com a média nacional.

A insegurança alimentar no Amazonas não é um fenômeno isolado. No contexto nacional, o estado ocupa a quarta posição em percentual de domicílios afetados pela insegurança alimentar e o segundo maior percentual de domicílios em situação de insegurança alimentar grave, com 9,1%.

Os dados também revelam desigualdades regionais significativas. As regiões Norte e Nordeste do Brasil continuam apresentando as menores proporções de domicílios em segurança alimentar, enquanto as regiões Sul e Sudeste têm as maiores prevalências. Embora haja uma melhora na situação de segurança alimentar em comparação com anos anteriores, os números ainda estão aquém das metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em relação aos diferentes graus de insegurança alimentar, o estado apresenta mais números preocupantes. Cerca de 25,4% dos domicílios amazonenses foram classificados como em situação de insegurança alimentar leve, enquanto 8,2% enfrentam a insegurança moderada e 9,1% estão em uma situação grave.


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