Amazonas

Trabalhadores denunciam truculência do governo do Amazonas

Profissionais da educação no Amazonas denunciam o tratamento abusivo do governo do estado durante a greve deflagrada na última semana. Os servidores foram recepcionados nesta quinta-feira (25/05/2023) pela tropa da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) e pela tropa de Choque da Polícia Militar.

“É esse o governo do diálogo? Pra quê polícia? Estamos apenas buscando o cumprimento da Lei. A Polícia serve para quem descumpre a lei. E quem descumpre a lei não somos nós. A data-base é lei desde 2013”, disse a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.

Mesmo com a insistência da categoria em manter o diálogo, o Governo nega qualquer conversa até que os trabalhadores suspendam a greve. “Eles apostam na nossa desmobilização. Com isso, reconhecem nossa força. A paralisação em 53 municípios é inédita e está incomodando”, afirmou a presidente. Ela se reuniu, hoje, com os deputados Cabo Maciel, Joana Darc e Wilker Barreto que continuam na tentativa de retomar a mesa de negociação.

A sede do Governo, no bairro Compensa, também amanheceu cercada de viaturas da Polícia Militar, além de barreira para impedir a concentração de pessoas na avenida Brasil e carros-guincho. Os trabalhadores da educação – merendeiras, vigias, auxiliares administrativos e de serviços gerais, professores e pedagogos – estão em greve desde o dia 17 de maio e reivindicam 25% de reajuste salarial, previsto em lei e que está atrasado desde o ano passado.

Eles também querem o reajuste do vale-alimentação e do auxílio-localidade, além do plano de saúde para aposentados e o cumprimento das progressões por titularidade e tempo de serviço. A data-base dos servidores da Seduc é no dia 1° de maio de cada ano, de acordo com a Lei 3.951 de 4 de novembro de 2013.

O governo pediu ainda na justiça o bloqueio de R$ 240 mil do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) em razão do descumprimento da ordem judicial que proibiu a greve dos trabalhadores da Educação. Mesmo com a decisão judicial, os servidores da Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas) deram início à paralisação no dia 17 de maio.

Reivindicações

Os profissionais da educação pedem reajuste de 25% no pagamento das datas-base (10,54% referente à 2022, 7% relativo à 2023 e 7,56% de retroativo de 2020 e 2021), e ganho real; reajuste de 50% e 100% no vale- alimentação e auxílio-localidade, respectivamente; progressões por tempo de serviço e por titularidade, atrasados desde 2018; revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), plano de saúde para aposentados e servidores que atuam no interior do Estado; e auxílio transporte para trabalhadores acima de 60 anos.

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