Um caso de contágio simultâneo pelo coronavírus SARS-CoV-2 e pelo vírus Influenza, detectado em Israel no primeiro final de semana de 2022 tem sido chamado de “flurona”, designação feita a partir dos termos “flu” (gripe, em inglês) e “rona” (de coronavírus). No entanto, o caso não deve ser chamado dessa forma já que se trata da infecção por dois vírus diferentes ao mesmo tempo e não um novo vírus.
“Não existe um vírus híbrido da gripe/Covid. Infecções simultâneas por vírus que se disseminam juntos acontecem. Infecções simultâneas por vírus que se disseminam juntos acontecem. É importante ter muito cuidado ao inventar termos não-oficiais para designar doenças ou patógenos”, explica o virologista Anderson Brito, em sua conta no Twitter.
O caso em questão aconteceu em uma mulher grávida não vacinada, que recebeu alta em 30 de dezembro, após ser tratada com sintomas leves derivados dessa infecção dupla, informou o jornal Times of Israel. Os casos de coinfecção foram detectados pela primeira vez nos Estados Unidos (EUA), durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19.
Os especialistas do Ministério da Saúde israelense acreditam que haja casos semelhantes, ainda não identificados, quando quase 2 mil pessoas estão internadas por gripe e, ao mesmo tempo, os casos positivos da variante Ômicron do SARS-CoV-2 estão aumentando no país.
A circulação dos vírus Influenza e SARS-CoV-2 é preocupante e de alto risco para a população, especialmente os cidadãos mais vulneráveis, já que as duas doenças afetam o sistema respiratório superior, alertaram especialistas.