Desde o início do mandato, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe gastaram R$ 49,8 milhões com viagens presidenciais pelo Brasil. Foram 262 viagens ao todo. Só em Manaus, o presidente esteve seis vezes e gastou R$ 1.032.624,59 do dinheiro dos contribuintes no processo. As informações são da Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas.
O presidente começou o mandato concentrando suas viagens nas regiões sul e sudeste do país (62 viagens). Entre 2020 e 2021, no entanto, com a proximidade da campanha eleitoral e a queda na aprovação do seu governo, o cenário se inverteu: as viagens para norte e nordeste aumentaram, enquanto as viagens do sul e sudeste tiveram queda.
Há outra motivação também: o desejo de aumentar a bancada bolsonarista no Senado a partir de estados dessas duas regiões, como por exemplo, o Amazonas. Não por acaso a promessa da distribuição de recursos para a cidade tem sido proporcional ao apoio recebido pelo prefeito da capital, David Almeida e pelo governador Wilson Lima. No entanto, apesar das promessas, ainda não há dados oficiais de quanto realmente foi repassado ao estado em comparação a outras unidades de federação e qual a proporção deles.
Viagens internacionais
As viagens do presidente e sua equipe para o exterior já custaram R$ 3,9 milhões aos cofres públicos. A viagem internacional mais cara do período foi a do sudeste asiático, que aconteceu em 2019, que custou R$1,1 milhão. Em segundo lugar está a viagem para a Índia, em 2020, que teve um gasto de R$ 742 mil, seguida da viagem ao Japão, com R$ 331 mil.
Importante lembrar que as datas de ida e volta das viagens disponibilizadas na planilha correspondem às viagens do chamado Escalão Avançado (ESCAV), que chega no destino antes do presidente. O governo não divulga a informação sobre quantas pessoas fazem parte desta equipe de apoio. O valor é o somatório de todos os anos do mandato do presidente até 10 de novembro de 2021, com correção pelo IPCA de cada ano.