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Políticos demonstram preocupação com a Zona Franca de Manaus após fusão de ministérios

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), manifestou preocupação nesta quarta-feira, 31/10, com o anúncio da equipe econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e a fusão dos ministérios da Fazendo, Indústria e Comércio e Planejamento. O prefeito teme pelo destino da Zona Franca de Manaus e a não permanência das indústrias no Polo Industrial e, consequentemente, a perda de empregos.

“Quando o homem forte do presidente eleito, o economista Paulo Guedes, fala em corte de subsídios, genericamente eu estou de acordo porque tem muito subsídio dado para quem não precisa. Se ele não quer que a Zona Franca não esteja nesse bolo, aí realmente é para ficar preocupado”, afirmou o prefeito. Ele lembrou que é preciso levar em conta que a Zona Franca é garantia de manter a floresta em pé e, consequentemente, o equilíbrio do meio ambiente. “Ele precisa lembrar que quem garante chuva paro o Sudeste é a Amazônia”, afirmou.

O deputado estadual José Ricardo (PT) também se mostrou preocupado. “Até em que nível poderemos atrair novas empresas para o Polo Industrial de Manaus, caso essa fusão se concretize? Além disso, o presidente eleito e seu superministro Paulo Guedes defendem a redução de subsídios e incentivos fiscais generosamente concedidos a certos segmentos da atividade econômica. É bom lembramos que as empresas só estão no Estado por conta dessa constante política fabril de incentivos fiscais. Por isso, a Zona Franca está frontalmente ameaçada”, destacou José Ricardo.

O também deputado e ex-prefeito de Manaus, Serafim Corrêa (PSB) repudiou a decisão
“Agora vai ser portaria ministerial, e vai ser do Paulo Guedes, acabou portaria interministerial. Quem representa o Paulo Guedes aqui é a Receita Federal, é a ela que os empresários vão ter que se dirigir. A rigor, A Suframa pode fechar as portas que não tem mais sentido. A Suframa perde a razão de ser, pois a referência será a Receita Federal”, apontou Serafim durante discurso em plenário.

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, David Almeida (PSB), em pronunciamento durante o Pequeno Expediente, manifestou sua preocupação com o destino do Brasil e consequentemente do Amazonas. “Eu queria um presidente que se comprometesse com o Estado do Amazonas, com a Zona Franca de Manaus, a BR-319, mas acabou a eleição e já era, passou tudo!”, disse, ressaltando que o candidato Ciro Gomes (PDT) foi o único a mencionar que os incentivos fiscais da ZFM são intocáveis.

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