A produção de grãos no Amazonas pode crescer 2,6% na temporada 2021/22, chegando a um total de 56 mil toneladas. O número equivale a um aumento de quase 1,5 mil toneladas na produção do estado, que em 2020/21 foi de 54,6 mil toneladas. O crescimento acontece no momento em que o estado passa da terceira para a segunda posição como o que mais desmatou a Amazônia.
Sgundo estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), publicado em fevereiro, a derrubada de florestas na Amazônia alcançou um novo e alarmante patamar nos últimos três anos. O desmatamento no bioma foi 56,6% maior entre agosto de 2018 e julho de 2021 que no mesmo período de 2015 a 2018.
Uma das regiões mais afetadas citadas no estudo é a divisa Amacro, entre Amazonas, Acre e Rondônia, caracterizada como a nova fronteira do desmatamento no bioma. O Amazonas, inclusive, passou da terceira para a segunda posição como Estado que mais desmatou a Amazônia, atrás apenas do Pará.
Os dados sobre grãos, por sua vez, foram divulgados por meio do 5º Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em fevereiro. No Brasil, a produção tem um crescimento estimado em 5% para 2021/22, devendo alcançar 268 milhões de toneladas, 12 milhões a mais que na temporada anterior.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve aumentar 10,2%. Em 2021, essa produção foi de mais de 28 mil toneladas, e a previsão para este ano é de que ela chegue a 31 mil toneladas. A estimativa foi feita em janeiro de 2022 e faz parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), mensalmente divulgado pelo órgão.