O Facebook excluiu a hipótese de que o “apagão” mundial dos seus serviços na segunda-feira (04/10/21), durante seis horas, tenha sido causado por um ataque informático e o atribuiu a um erro técnico interno. O “apagão” da rede social e suas plataformas (Instagram, WhatsApp e Messenger) deixou sem serviço milhões de pessoas em todo o planeta.
Em um blog da empresa o vice-presidente de Infraestruturas da rede social, Santosh Janardhan, afirmou que os serviços não ficaram inativos por atividade maliciosa. Foi por “um erro causado por nós próprios”, disse. Horas mais tarde, o próprio administrador e cofundador da rede social, Mark Zuckerberg, pediu publicamente desculpas.
Telegram
A queda do Facebook e das demais aplicações levou o Telegram, um serviço de mensagens instantâneas (como o WhatsApp), a receber mais de 70 milhões de novas adesões, informou o fundador da rede, o russo Pavel Dourov. Na segunda-feira o serviço de mensagens Telegram passou de 56º para 5º lugar das aplicações gratuitas mais descarregadas nos Estados Unidos, segundo a empresa especializada SensorTower.
Fundado em 2013 pelos irmãos Pavel e Nikolai Dourov, que criaram anteriormente a popular rede social russa VKontakte, o Telegram disse que faz da segurança a sua prioridade e recusa-se geralmente a colaborar com as autoridades, o que levou a tentativas de bloqueio em alguns países, especialmente na Rússia.
Depoimento polêmico
Nesta terça-feira (05/10/21), a ex-gerente de produtos do Facebook Frances Haugen, testemunhou perante uma subcomissão do Senado dos EUA e fez graves acusações contra a empresa. Haugen também vazou para as autoridades e o “Wall Street Journal” documentos internos que detalham como o Facebook sabia que seus sites eram potencialmente prejudiciais para a saúde mental dos jovens.
Em seu depoimento no senado norte-americano, Haugen alertou que a empresa esconde intencionalmente informações essenciais aos usuários, ao governo dos Estados Unidos e aos governos do mundo todo. Ela falou ainda do risco de não criar novas defesas contra uma plataforma que revela pouco sobre seu funcionamento, além do perigo de tanto poder nas mãos de um serviço que se tornou necessário na vida diária de tantas pessoas.
O diretor executivo e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu a empresa das acusações, afirmando que “muitas das acusações não fazem sentido”. “O argumento de que promovemos deliberadamente conteúdos que enfurecem as pessoas para obterem lucro é ilógico. Ganhamos dinheiro com a publicidade e o que os anunciantes nos dizem constantemente é que não querem que os seus anúncios apareçam ao lado de conteúdos que sejam prejudiciais ou que gerem raiva”, acrescentou.