Amazônia

Prefeitura de Manaus desiste de exigir passaporte de imunização para alunos da rede pública

Faltando quatro dias para o início das aulas presenciais na rede municipal de ensino de Manaus, a prefeitura desistiu de exigir o comprovante de imunização contra a Covid-19 para que os alunos frequentem as aulas. O anúncio foi feito pelo próprio secretário de educação do município, Pauderney Avelino, nesta quarta-feira (09/02/2022).

Pauderney afirmou durante evento de vacinação na comunidade Bela Vista do Jaraqui, na calha do rio Negro, que nenhuma criança deixará de ter acesso às aulas se não estiver vacinada. “Cobramos o certificado de vacinação como medida de monitoramento e incentivamos os pais a vacinar suas crianças. No entanto, mesmo aquelas com o cartão incompleto, terão livre acesso às salas de aula”, enfatizou.

Inicialmente, a prefeitura de Manaus iria exigir, obrigatoriamente, a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19 no retorno das aulas presenciais na rede municipal, previsto para a próxima segunda-feira, dia 14 de fevereiro. O anúncio havia sido feito pelo prefeito David Almeida, no último dia 31 de janeiro.

A medida foi alvo de polêmica entre políticos bolsonaristas do estado. No último dia 26 de janeiro, o deputado estadual bolsonarista Delegado Péricles (PSL), da Assembleia Legislativa do Amazonas protocolizou Projeto de Lei que visa proibir a exigência de passaporte sanitário em escolas e unidades de ensino das redes pública e privada em todos os municípios do Amazonas.

A iniciativa, segundo o parlamentar, é forma efetiva de “defender a liberdade de escolha de pais e responsáveis por crianças”. Juristas ouvidos pelo Vocativo, no entanto, afirmam que o projeto é inconstitucional e que deixar de vacinar crianças é crime.

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