Amazônia

PF: ‘Colômbia’ foi o mandante dos assassinatos de Dom e Bruno

A Superintendência da Polícia Federal no Amazonas anunciou em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (23/01/2023) que 90% dos trabalhos de investigação das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridas em junho de 2022, estão concluídos. Com tudo o que foi levantado até o momento, o colombiano Rubens Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, é apontato como mandante dos assassinatos.

Colômbia também é apontado como chefe de uma organização criminosa que explora pesca ilegal na região do Rio Javari, que fica entre Atalaia do Norte e Guajará, a oeste do estado do Amazonas. A ação de Bruno Pereira estaria prejudicando a ação do grupo criminoso, o que motivou sua perseguição e morte. O colombiano está preso desde dezembro do ano passado, depois de ser solto após pagar uma fiança e ter novamente sua prisão decretada pela Justiça Federal. Ele se encontra atualmente na Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná.

Além de Villar, mais duas pessoas foram indiciadas pelos assassinatos de Dom e Bruno: Amarildo da Costa Oliveira (“Pelado”) e agora seu outro irmão, Edvaldo da Costa Oliveira, que forneceu a arma utilizada no crime. Além deles, Oseney da Costa de Oliveira (“Dos Dantos”) e Jefferson da Silva Lima (“Pelado da Dinha”) também foram indiciadas pelo Ministério Público Federal. As audiências de custódia devem ocorrer nos dias 20, 21 e 22 de março.

Ataques monitorados

O superintendente em exercício da Polícia Federal no Amazonas, delegado Eduardo Pontes, disse ainda que os constantes ataques contra servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), bem como membros da comunidade estão sendo monitorados desde 2017.

Não está descartada a possibilidade do envolvimento do grupo criminoso que matou Dom Phillips e Bruno Pereira também no assassinato do indigenista Maxciel Pereira dos Santos, ex-servidor da Funai morto em 2019. Questionado pelo Vocativo sobre o envolvimento de um dos indiciados, Pontes afirmou que as investigações seguem em curso.

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