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Petrobrás alerta para risco de desabastecimento em novembro

A Petrobras alertou nesta terça-feira (19/10/21) que pode não atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis em novembro. A estatal alega que a demanda pode ficar acima de sua capacidade de produção, acendendo um alerta para distribuidoras, que apontaram para risco de desabastecimento no país.

Em comunicado, a estatal afirmou que a demanda recebida para o próximo mês foi “atípica” e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los. E ainda assim não garantiu ser capaz de cumprí-las. A notícia chega oito dias depois de comunicado semelhante ter sido repassado para distribuidoras de combustíveis filiadas à Associação das Distribuidoras de Combustíveis (BRASILCOM), que receberam comunicados do setor comercial da Petrobras informando uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel para o mês de novembro/2021.

Segundo a BRASILCOM, as reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegam a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento, haja vista a impossibilidade de compensar essas reduções de fornecimento por meio de contratos de importação, considerando a diferença atual entre os preços do mercado internacional, que estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) já foi comunicada do potencial problema.

Importação

A BRASILCOM afirma ainda que mesmo que a Petrobras não consiga, segundo seu comunicado, atender a todos os pedidos feitos pelas distribuidoras, sempre permanece a possibilidade de importação quer pela própria Petrobras quer pelas distribuidoras, de modo a suprir o que parece ser a deficiência por incapacidade de produção, face ao alegado aumento da demanda versus a estimativa da empresa. A consequência desse suprimento, entretanto, será o efeito nos preços dos combustíveis, uma vez que, segundo os importadores, os produtos no exterior estão em torno de 17% acima dos produtos locais.

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