Passada a eleição, os efeitos da chamada PEC Kamikaze começam a passar e o custo de vida do brasileiro volta a subir, confirmando matéria publicada no Vocativo sobre a crise econômica que deve atingir o Brasil nos próximos meses. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a tarifa de energia elétrica deve subir, em média, 5,6% em 2023. O dado foi apresentado nesta quarta-feira (23/11/2022) ao grupo de Minas e Energia do governo de transição.
A projeção da agência é que, no próximo ano, sete distribuidoras tenham reajuste superior a 10%; 15 distribuidoras, reajuste entre 5% e 10%; 17 distribuidoras, reajuste entre 0% e 5%; e 13 distribuidoras, reajuste inferior a 0%. E não é o único item que já começa a preocupar o brasileiro.
Já a prévia da inflação de novembro acelerou para 0,53%, após o índice de 0,16% registrado em outubro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta-feira (24/11/2022) pelo IBGE, aponta que os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,91%). Em seguida aparece o grupo Transportes, que após a queda de 0,64% verificada em outubro, teve alta de 0,49% em novembro.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em novembro, com exceção de Comunicação (0,00%), que apresentou estabilidade. O IPCA-15 acumula alta de 5,35% no ano e de 6,17% em 12 meses, abaixo dos 6,85% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa foi de 1,17%.
Combustíveis
Em Transportes (0,49%), os combustíveis (2,04%) voltaram a ter variação positiva após cinco meses consecutivos de quedas. Se em outubro os preços da gasolina recuaram 5,92%, em novembro subiram 1,67%, contribuindo com o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.). Além disso, os preços do etanol (6,16%) e do óleo diesel (0,12%) também subiram. O gás veicular (-0,98%) foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados.