Contexto

OMS: Ômicron não deve ser classificada como uma variante “leve”

O mundo registrou na última semana o maior número de novos casos de Covid-19 desde que a pandemia começou, há dois anos: uma alta global de 71%. E a principal responsável por esse crescimento é a variante Ômicron do coronavírus. E, ao contrário do que muitos pensam, ela não pode ser considerada mais “leve”.

O alerta partiu nesta quinta-feira (07/01/22) do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus Adanon. O chefe da OMS afirmou que apesar da Ômicron ser menos severa do que a Delta, especialmente nas pessoas vacinadas, a nova variante não deve ser classificada como “leve”. “A Ômicron está colocando pessoas nos hospitais e está matando pessoas. Com o tsunami de casos sendo tão rápido que os sistemas de saúde já estão com a capacidade no limite”, alertou. 

Tedros lamentou ainda a desigualdade na distribuição de vacinas, que chamou de uma das “grandes falhas ocorridas no ano passado”. A meta era vacinar pelo menos 70% da população global até julho de 2021, o que acabou em fracasso, uma vez que 109 países não conseguirão atingir a meta.

Tedros Ghebreyesus fez um apelo para todas as pessoas exigirem dos governos e da indústria farmacêutica a partilha de dados de saúde ligados a testagem e produção de vacinas, para que se possa acabar com a destruição causada pela pandemia. O etíope lembrou ainda que as baixas taxas de vacinação em alguns países criaram as “condições perfeitas para o surgimento de novas variantes”.

Durante a coletiva de imprensa em Genebra, uma jornalista do Brasil pediu aos especialistas da OMS para enviarem uma mensagem à população do país. A epidemiologista da agência, Maria Van Kherkov, pediu a todos para que não desistam, destacando que o mundo sairá junto da pandemia, já que existem meios para reduzir a transmissão e fazer com o que o coronavírus deixe de controlar nossas vidas.

Segundo dados da OMS, quase 294 milhões de pessoas haviam testado positivo para a Covid-19 até o dia 5 de janeiro, sendo que a doença causou a morte de mais de 5,4 milhões. No mundo todo, já foram administradas mais de 9 bilhões de doses da vacina.

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