O Brasil tem mais de um quarto da população adulta com o quadro de obesidade, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em outubro de 2020. Isto é, 26,8% dos brasileiros acima de 20 anos são considerados obesos e 6,7% dos adolescentes sofrem com a doença. A previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, 700 milhões de pessoas sejam diagnosticadas no mundo.
É um cenário alarmante, ainda mais no atual cenário da pandemia de Covid-19, já que a obesidade é o segundo fator de risco para infecção pelo novo Coronavírus, ficando atrás apenas do fator idade. Para chamar atenção para o problema e estimular medidas para enfrentamento da doença, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o Dia Mundial da Obesidade, celebrado em 04/03, e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça informações relevantes sobre o tema.
A obesidade é uma doença crônica que pode ser causada por diversos fatores – genéticos, psicológicos, sociais, metabólicos – e, assim como o excesso de peso, aumenta o risco para o desenvolvimento de diversas outras doenças crônicas não transmissíveis, como as cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de cânceres, dentre outras. Além disso, a obesidade foi identificada com um dos fatores mais críticos para o agravamento da Covid-19, o que reforça ainda mais a importância de medidas para a redução de peso, como o acompanhamento médico e a adoção de hábitos saudáveis.
Parto
Um estudo brasileiro (clique aqui) indicou que grupos com maiores índices de massa corpórea – IMC (sobrepeso e obesidade) mostram probabilidades maiores de complicações no parto (realização de cesariana e hemorragia de grande porte) e intercorrências maternas (diabetes gestacional e síndrome hipertensiva). Também apresentaram maiores possibilidades de intercorrências perinatais, e as gestantes consideradas obesas foram as que apresentaram complicações mais intensas.
Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
A má alimentação, o sedentarismo, fatores endócrinos e genéticos são fatores que contribuem para a obesidade e o excesso de peso. O tratamento ideal é constituído por etapas como mudança de hábitos, reeducação alimentar e a prática regular de exercícios físicos. A adoção de hábitos saudáveis pode evitar o excesso de peso e as enfermidades desencadeadas pela obesidade.
No entanto, dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) indicam que 43,2% dos adultos apresentaram prática insuficiente de atividade física, sendo esse percentual maior entre as mulheres (49,8%) do que entre os homens (34,8%). O Vigitel também mostrou que 7,7% da população adulta apresenta diabetes e 24,7% apresentam hipertensão, doenças que podem estar relacionadas à obesidade.
Com informações da ANS. Foto: EBC