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Novas vacinas contra a Covid-19 mostram eficácia, mas variantes preocupam

Mais duas empresas farmacêuticas apresentaram dados de fase 3 de suas vacinas contra a Covid-19. São esses estudos que medem a eficácia de proteção contra a doença. No entanto, quando testadas contra a variante do coronavírus denominada B.1.351, encontrada na África do Sul, a proteção se mostrou significativamente menor.

A primeira foi a norte-americana Novavax informou nesta quinta (28) que a sua vacina, a NVX-CoV2373, tem taxa de eficácia preliminar de 89,3%, após testes em mais de 15 mil voluntários no Reino Unido. A vacina, aplicada em duas doses, usa engenharia genética para criar réplicas inofensivas da proteína S, a que o novo coronavírus usa para entrar nas células do corpo, em laboratório. Os cientistas extraíram, purificaram a proteína e a embalaram em nanopartículas do tamanho do vírus.

No entanto, a vacina se mostrou menos eficaz contra a variante detectada na África do Sul, conhecida como B.1.351. A taxa foi inferior a 50%, índice mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A empresa anunciou que deverá atualizar a fórmula da vacina para aplicação de reforço contra essa nova versão do SARS-CoV-2.

Já nesta sesta sexta-feira (29/01), a Johnson & Johnson anunciou que sua vacina de dose única Covid-19 reduziu as taxas de doenças moderadas e graves. No geral, a vacina foi 66% eficaz na prevenção da doença moderada a grave 28 dias após a vacinação, mas também se mostrou menos eficaz na B.1.351 e provavelmente também terá de ser atualizada.

Vale lembrar que as mesmas mutações dessa variante também foram encontradas na variante P.1, encontrada em Manaus e que as autoridades de saúde locais acreditam ser a responsável pelo novo surto da doença na capital do Amazonas.

Covax

Enquanto isso, o esquema global de compartilhamento de vacinas Covax planeja enviar vacinas contra a Covid-19 suficientes para cobrir cerca de 3% das populações de países de baixa renda na primeira metade do ano, disse hoje (29), em Jacarta, uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Covax, coliderada pela aliança de vacinas Gavi, pela OMS e outros, quer entregar ao menos dois bilhões de doses em todo o mundo este ano, e disse que até 1,8 bilhão de doses estarão disponíveis para 92 países mais pobres, o que corresponderia a aproximadamente 27% da cobertura destes países.

Mas o esquema enfrenta dificuldades para garantir vacinas suficientes devido a uma escassez de recursos, problemas de produção e acordos bilaterais entre países ricos e farmacêuticas que provocam temores de uma distribuição desigual.

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