O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CRM/AM) ainda não julgou o caso da a ginecologista e obstetra paulistana Michelle Chechter. A médica é acusada de praticar nebulização de hidroxicloroquina em cinco pacientes com Covid-19 que morreram em Manaus em abril de 2021.
Os casos vieram a público após matéria da Folha de São Paulo mostrar denúncia de familiares sobre a morte de uma paciente grávida que estava internada no Instituto da Mulher Dona Lindu, na zona Centro-Sul de Manaus com a Covid-19 em fevereiro daquele ano. A vítima, Jucicleia de Sousa Lira, 33, recebeu uma sessão de nebulização com hidroxicloroquina. Segundo a reportagem, outras quatro pessoas também morreram após o procedimento.
Em nota enviada ao Vocativo, o CRM/AM informou que o processo corre em sigilo, conforme disposto na Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 2.306/2022, não sendo possível a divulgação de informações até o seu trânsito em julgado.
Vale lembrar que esta semana o Conselho puniu com apenas 30 dias de suspensão o médico gastroenterologista Edson Ritta Honorato, acusado de matar os pacientes Melina Seixas e Alan Braga durante procedimento cirúrgico para implantação de balão gástrico em sua clínica particular, na Zona Centro-Sul de Manaus.
Vale lembrar que em agosto de 2022, a juíza Careen Aguiar Fernandes, do Juízo da Central de Inquéritos Manaus, acolheu pedido do Ministério Público do Estado e arquivou investigação que tinha como alvo o casal de médicos Michele Chechter e Gustavo Maximiliano Dutra da Silva por suposto homicídio culposo.