Amazônia

Informalidade atinge 63% da população apta para o trabalho no Amazonas

Taxa média anual de desocupação foi de 15,8%, em 2020, o que também representa a maior taxa registrada desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012

A taxa de informalidade no mercado de trabalho do Amazonas é uma das maiores do país, com mais de 1 milhão e 20 mil pessoas ou 63,7% dentre os que estão em idade para o trabalho. É o que apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Contínua Trimestral, divulgada nesta quarta-feira (10/03), pelo IBGE.

Embora a taxa de desocupação no estado tenha caído cerca de 1,1% no último trimestre de 2020 em relação ao trimestre anterior, houve um crescimento do número de trabalhadores por conta própria, o que significa aumento da informalidade. Vale lembrar que foi justamente neste período que começaram a diminuir as parcelas do Auxílio Emergencial do governo. Foi justamente do terceiro para o quarto trimestre de 2020 que o nível de ocupação cresceu 1,9%, totalizando 1 milhão e 601 mil pessoas ocupadas no estado ou 51,1% da população em idade de trabalhar.

Esse crescimento na ocupação, do 3º para o 4º trimestre, acompanha a alta no número de trabalhadores por conta própria, que no último trimestre de 2020 chegou a 548 mil pessoas (32 mil a mais em relação ao trimestre anterior) e a alta no número de trabalhadores na informalidade no Estado, que chegou a 1 milhão e 20 mil pessoas ou 63,7% dentre os ocupados, sendo 74 mil pessoas a mais na informalidade.

A taxa média de desocupação em 2020 foi recorde em 20 estados do país, acompanhando a média nacional, que aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% no ano passado, a maior da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país. Esses resultados decorrem dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho.

No Amazonas, a taxa média anual de desocupação foi de 15,8%, em 2020, o que também representa a maior taxa registrada desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012.

Indústria é apenas a quarta que mais ocupa

Em relação ao número de pessoas ocupadas por grupamento de atividade, a administração pública, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o grupo que apresentou o maior número de pessoas ocupadas: 319 mil. Em segundo lugar, ultrapassando o comércio, ficou a Agropecuária com 311 mil pessoas ocupadas. O comércio ficou na terceira posição, com 308 mil pessoas ocupadas; e em quarto a indústria, com 168 mil pessoas ocupadas.

Foto: Ione Moreno

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