O Governador Wilson Lima decretou que o Amazonas se encontra em estado de calamidade pública na tarde desta segunda-feira (23) em virtude da pandemia de coronavírus.
Com a decisão, todo o comércio e estabelecimentos comerciais que não se enquadrem no perfil de serviços esssenciais (supermercados, padarias, açougues, farmácias e outros) em todo Estado serão fechados até segunda ordem.
Também serão suspensos os atendimentos em clínicas, consultórios e ambulatórios que não sejam para atendimento de urgência e emergência. Os serviços do governo, que não sejam essenciais, como da saúde e segurança pública, serão por home office.
Medidas econômicas
Além de decretar estado de calamidade pública, Lima anunciou também uma série de medidas econômicas para tentar diminuir o impacto da pandemia nas finanças do Estado. Dentre elas a disponibilidade de 40 milhões para capital de giro pequenas e micro empresas junto à Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam).
Além disso, cerca de 50 mil famílias vão receber R$ 200 durante três meses. O governador prometeu ainda que o Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (PROCON/AM) vai acionar empresas fornecedoras de água, luz e internet para que que as cobranças sejam suspensas pelo mesmo período, mas não interrompam serviços pelo mesmo período em caso de inadimplência.
Várias dessas medidas ainda precisam ser votadas pela Assembleia Legislativa do Amazonas, possivelmente já nesta terça-feira (24).
Cloroquina
O governador também anunciou a autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) para a pesquisa local do medicamento cloroquina, em conjunto com outras drogas, no tratamento do novo coronavírus. É a primeira pesquisa do Brasil sobre o medicamento.
Os trabalhos de pesquisa serão comandados pelos profissionais da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Secretaria Estadual de Saúde (Susam) e a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), iniciem. Serão pesquisas e testes em pacientes do hospital Delphina Aziz.
Distrito
Perguntado sobre o funcionamento das empresas do Pólo Industrial de Manaus, que continuam com a presença maciça de funcionários mesmo com a recomendação do Ministério da Saúde para evitar aglomerações, Wilson Lima afirmou que as atividades não podem parar.
“Elas são fundamentais para o próprio enfrentamento do coronavírus. Tais locais continuarão com suas atividades seguindo as recomendações da Agência Naciona de Vigilância Sanitária (Anvisa) e terão acompanhamento dos órgãos de saúde do Estado”, garantiu.
Números
Há mais seis casos confirmados no Estado, totalizando 32 casos, sendo 31 em Manaus e 1 em Parintins. Desses, 29 pacientes estão em isolamento domiciliar e 3 estão internados, sendo um na rede privada e dois no na UTI do Hospital Delphina Aziz. Há ainda 20 casos em observação como possíveis infectados.