Um comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã foi morto nesta sexta-feira (3) em um ataque aéreo realizado pelos Estados Unidos em Bagdá, capital do Iraque. A mídia estatal do Iraque relatou que o general Qassem Soleimani estava entre as vítimas do ataque, que teve como alvo o seu comboio, nas proximidades do Aeroporto de Bagdá.
O Departamento de Defesa dos EUA divulgou uma declaração na quinta-feira (2) informando que “sob o comando do presidente, as forças armadas dos EUA agiram defensivamente de forma decisiva, matando Qassem Soleimani para proteger os indivíduos americanos no exterior”.
Soleimani era o comandante da unidade de elite Força Quds, uma brigada de forças especiais responsável por operações militares extraterritoriais do Irã que faz parte da Guarda Revolucionária Islâmica.
O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, sugeriu medidas retaliatórias contra os Estados Unidos. Khamenei disse que o assassinato do general Soleimani iria dobrar as motivações da resistência contra os Estados Unidos. Ele também disse que “uma retaliação severa espera aqueles que mataram Soleimani”.
Embaixada saída de cidadãos
A embaixada norte-americana apelou aos seus cidadãos que deixem o Iraque “imediatamente”. O pedido foi divulgado poucas horas depois do assassinato do general iraniano.
A representação diplomática dos EUA pediu aos norte-americanos no Iraque “que partam de avião o mais rápido possível” ou saiam “para outros países por via terrestre”.
As principais passagens de fronteira do Iraque levam ao Irã e à Síria, mas há outros pontos de passagem para a Arábia Saudita e a Turquia.
Retaliação
A ação desta sexta seria uma retaliação ao ataque à embaixada norte-americana em Bagdá que se iniciou na terça-feira. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abas Musaví, disse que o seu país está sendo alvo de “uma espécie de obscenidade americana e erros de cálculo repetitivos”. O governo do Irã negou qualquer participação no incidente.
Com informações e foto da Agência Brasil