A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas- Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) confirmou nesta quarta-feira (25/05/2022), o primeiro caso de sarampo do Amazonas, registrado em Manacapuru (distante 101 quilômetros de Manaus). Trata-se de uma criança de um ano de idade, sem histórico da aplicação da primeira dose de vacina de tríplice viral, residente da área rural do município. A criança está estável, sem complicações, em tratamento ambulatorial e isolamento social.
Técnicos do Departamento de Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP foram deslocados para o município, com objetivo de apoiar a Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru (Semsa/Manacapuru) nas ações de contenção e controle da doença, por meio de busca ativa de novos casos suspeitos e bloqueio vacinal.
Era apenas uma questão de tempo até casos de doenças como o sarampo voltassem a ser registrados no Amazonas. A série histórica de 2014 a 2021 mostra que, só em Manaus, as nove principais vacinas aplicadas no primeiro ano de vida tiveram queda de cobertura neste período e que apenas a BCG, que protege contra formas graves da tuberculose e é aplicada nas maternidades logo após o nascimento, se mantém acima da meta, embora tenha caído de 134% em 2014 para 98,6% em 2021.
As vacinas contra o rotavírus humano, a hepatite A, a poliomielite e a vacina pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo B) estão com cobertura abaixo de 70%, de acordo com dados de 2021. Todas tiveram redução na cobertura nos últimos sete anos.
O secretário de Estado da Saúde, Dr. Anoar Samad, reforça que os pais devem levar as crianças para tomarem a vacina tríplice viral, bem como os profissionais de saúde também, pois é a única forma de evitar que a doença se propague. “O sarampo é uma doença potencialmente grave e ao mesmo tempo prevenível, então é dever de todos impedir que tenhamos um novo surto. A rede de vigilância está atenta para identificar possíveis casos suspeitos e providenciar as medidas cabíveis de forma célere”, afirma o secretário de estado de Saúde, Dr Anoar Samad.
O último registro de sarampo no Amazonas foi em 2020 e a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, explica que a doença é infectocontagiosa, podendo agravar. “Hoje, em plena campanha nacional de vacinação contra a doença, é baixa a adesão da cobertura vacinal pela população, o que possibilita registro de casos. O sarampo pode ser evitado por meio da imunização disponível de forma gratuita na rede de saúde”, avalia a Tatyana.
Campanha contra o Sarampo
Está disponível, desde o dia 4 de abril, por segmento, a campanha de vacinação contra o sarampo. A estratégia está na segunda etapa que se iniciou em 3 de maio e segue até 3 de junho, contemplando crianças de 06 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias).
Com informações da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom)