Amazônia

Fim da privatização da Petrobrás não altera venda da Reman

O processo de venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), e seus ativos logísticos associados, em Manaus não deve ser alterado pela decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de excluir a Petrobrás do programa de privatizações e concessões do governo federal. A medida foi assinada e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (02/01/2023).

A refinaria, que tem capacidade de processamento de 46 mil barris/dia e seus ativos, teve seu processo de venda concluído para o grupo Atem no começo de dezembro de 2022. Mesmo com a decisão do novo governo federal de não privatizar a estatal, isso não se aplica ao processo da refinaria no Amazonas.

O coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Amazonas (Sindipetro-AM), Marcus Ribeiro, explicou ao Vocativo que a categoria irá até Brasília buscar diálogo com a nova gestão federal, na tentativa de retomar o controle das refinarias vendidas no governo Bolsonaro.

“A consequência da privatização da refinaria Isaac Sabbá será o aumento constante dos preços dos combustíveis e da botija de gás na nossa região. O grupo Atem detém o monopólio para ditar os preços no nosso Estado e não será nada barato”, alerta.

Ao longo dos dois anos do processo de venda, o preço negociado pela Petrobras com a Atem Distribuidora de Petróleo foi alvo de diversas denúncias. A principal delas é que o valor seria cerca de 70% inferior ao seu valor de mercado. O estudo de comparação com os cálculos estimados foi divulgado pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) em agosto de 2021.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: