Em nova polêmica envolvendo compras, foi revelado nesta terça-feira (12/04/2022) que o Exército comprou 60 próteses penianas infláveis no valor de R$ 3,5 milhões. A informação foi divulgada pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), que pediram apuração ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Federal (MPF) sobre a compra.
Segundo o Portal da Transparência e o Painel de Preços do governo federal, foram realizados três pregões eletrônicos em 2021 para a aquisição dos produtos, indicado para casos de disfunção erétil, cujo comprimento varia entre 10 e 25 centímetros. O período corresponde ao da gestão do general Walter Braga Netto, cotado a vice na chapa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O primeiro pregão foi feito em março de 2021 para a compra de dez próteses, no valor de R$ 50.149.72 cada, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. O fornecedor foi a empresa Boston Scientific do Brasil LTDA.
O segundo aconteceu em maio de 2021, para a aquisição de 20 próteses, ao custo de R$ 57.647,65 cada, para o Hospital Militar de Área de Campo Grande (MS). A empresa fornecedora foi a Quality Comercial de Produtos Médicos Hospitalares LTDA.
O terceiro determinou aconteceu em outubro de 2021, quando foi feita a compra de 30 próteses, cada uma no valor de R$ 60.716,57, para o Hospital Militar de Área de São Paulo. A empresa Lotus Medical Distribuidora e Comércio de Produtos Médicos Eireli foi a vencedora.
Além da compra das próteses, as Forças Armadas fizeram licitações milionárias para compra de alimentos de luxo, desde carnes nobres, passando por uísques, cervejas de primeira, chantilly, bacalhau, além de medicamentos contra a calvície e disfunção erétil.