Pesquisadores da Universidade de Stirling, na Escócia, concluíram que mesmo todas as medidas de proteção possíveis não impedem a transmissão do novo coronavírus em bares e restaurantes. O estudo foi publicado no Journal of Studies on Alcohol and Drugs (Jornal de Estudos Sobe Álcool e Drogas).
O experimentou consitiu em observar o funcionamento de 29 bares no Reino Unido entre julho e agosto de 2020 para depois acompanhar os frequentadores para saber quantos deles se infectaram com a Covid-19 nesses locais. Os cientistas entraram em contato com os donos dos estabelecimentos antes da flexibilização da quarentena e todos se comprometeram a seguir os protocolos de segurança. As dificuldades começaram justamente aí.
Se na teoria a promessa era de distanciamento e uso de máscaras, na prática, não foi o que aconteceu. Com os frequentadores bêbados, a interação física entre os clientes e os atendentes é inevitável. E com som alto e os ânimos exaltados, se torna impossível manter as medidas de proteção. Na conclusão do estudo, os pesquisadores alertam que “apesar dos esforços dos operadores dos bares e da orientação do governo, há riscos significativos de transmissão da Covid-19 nos bares observados, especialmente quando os clientes estavam embriagados”.
Além disso, fatores como o design e o tamanho das instalações também são importantes. O risco aumenta em estabelecimentos menores, que ficam mais cheios e o barulho aumenta, fazendo as pessoas falarem mais alto, espalhando ainda mais gotículas de saliva, um dos principais meios de transmissão do novo coronavírus.
Foto: EBC