Amazônia Covid-19

Estudo da proxalutamida no Amazonas é alvo de novas denúncias de irregularidades

O estudo da proxalutamida para o tratamento da Covid-19, feito em hospitais da rede privada Samel no Amazonas em janeiro deste ano, foi alvo de novas denúncias de irregularidades nesta quarta-feira (17/11/21). Segundo reportagem do portal UOL, os autores do ensaio alteraram os termos de consentimento dados para os pacientes, o que pode configurar grave infração ética.

Segundo documento enviado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde (CNS) à Procuradoria Geral da República (PGR) e ao Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), foram retiradas do termo original referências sobre riscos, direitos e até de contatos para urgências relativas ao medicamento. O termo, que possuía oito páginas inicialmente, chegou às mãos dos pacientes com apenas três.

Ainda segundo a matéria, não foi informada a proibição da gravidez, pelo risco que as pacientes correriam com o uso do medicamento e o compromisso em fornecer métodos anticoncepcionais durante a pesquisa e por mais 90 dias aos pacientes. A proxalutamida é um medicamento testado inicialmente para o câncer de próstata e não tem qualquer comprovação de eficácia contra a Covid-19.

O médico  endocrinologista Flávio Adsuara Cadegiani, responsável pela condução do estudo, foi acusado de crime contra a humanidade no relatório final da CPI da Pandemia do Senado. Para entender o caso, há um episódio especial do Provocativo sobre esse assunto.

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