Dois fortes terremotos devastaram parte do território da Turquia e o Noroeste da Síria nesta segunda-feira (06/02/2023), matando até o momento mais de 3,7 mil pessoas. As condições climáticas impostas pelo inverno gelado estão dificultando ainda mais a busca por sobreviventes, além da situação de milhares de feridos ou desabrigados.
O tremor de magnitude 7,8 graus na escala Richter, que ocorreu antes do nascer do sol, foi o pior a atingir a Turquia neste século. O terremoto foi seguido, no início da tarde, por outro grande tremor de magnitude 7,7. Os abalos derrubaram prédios residenciais inteiros em cidades turcas e causaram devastação também para milhões de sírios deslocados por 11 anos de guerra civil no país.
Por que esse tipo de fenômeno acontece?
O planeta Terra é formado por grandes maciços rochosos que se movimentam constantemente. Elas são chamadas de placas tectônicas. É o momento delas que dá origem a esses abalos. “Estes movimentos das placas geram acúmulo de energia que, em algum momento, é liberada em formato de terremotos e/ou erupções”, explica o professor Valkisfran Lira de Brito, do curso de Engenharia Civil do UNIPÊ.
A má notícia, no entanto, é que mesmo estudando e monitorando o fenômeno, é impossível saber com exatidão quando ele vai ocorrer. “Estes eventos são estudados e acompanhado a vários anos, esperando-se que estes ocorram, porém sem conseguir precisar o momento”, explica Valkisfran.
Brasil não corre esse risco
Felizmente o Brasil encontra-se na região central da placa Sul-Americana, ficando menos sujeito a este tipo de evento de magnitude elevada. “Contudo, eventos de menor magnitude tem sido registrados no Brasil e podem gerar alguns danos, especialmente em edificações de baixa renda. A norma brasileira NBR 15421 traz diretrizes que podem ser usadas para dimensionamento de edificações, a depender da localização, minimizando assim riscos a sociedade do ponto de vista das edificações”, explica o especialista.