Contexto

Enquanto enchentes matam 24 pessoas na Bahia, Bolsonaro segue de “férias”

A Defesa Civil da Bahia atualizou nesta quarta-feira (29/12/21) os números sobre o impacto das fortes chuvas nos municípios do estado. Até o momento, 37,3 mil pessoas estão desabrigadas (não possuem moradia) e 53,9 mil estão desalojadas (não conseguem acessar suas casas). Foram registradas 24 mortes e 434 feridos. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) segue em “férias”.

Segundo o governo estadual, 141 municípios foram afetados pelas chuvas. Do total, 132 estão em situação de emergência. 629 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas inundações.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de dezembro de 2021 é considerado o mais chuvoso em 15 anos. Na Bahia, as fortes chuvas foram provocadas pelo fenômeno da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que provoca a permanência de nuvens sobre uma determinada área por até quatro dias consecutivos.

Descaso

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro segue de “férias” em Santa Catarina, distante de uma das maiores crises humanitárias da história da Bahia. O detalhe é que esse distanciamento das atividades no Palácio do Planalto é considerada irregular. “A Lei não prevê férias para Presidente! Ele não transmitiu o cargo ao Vice. Portanto, está em exercício recebendo salário integral para dançar funk e pescar”, alerta o advogado Jose Fernandes Junior em seu perfil no Twitter.

O presidente tem sido questionado até por aliados e seguidores nas redes sociais. Ao se defender das críticas, o presidente citou uma Medida Provisória (MP) que abre crédito extraordinário de R$ 200 milhões para recuperar rodovias. A MP, no entanto, vai repassar dinheiro até mesmo para estados que não foram atingidos pelas cheias, como São Paulo, Pará e Amazonas.

Segundo informações prestadas pelo governador baiano Rui Costa (PT), apenas 40% desse valor será destinado ao estado, enquanto restante será dividido entre o Sudeste (R$ 50 milhões) e o Norte (R$ 70 milhões) do país. Como se não bastasse, o governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, negou o pedido para autorização do envio de ajuda humanitária da Argentina às cidades afetadas pelas chuvas no estado.

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