Em três meses, mais de seis mil pessoas no Amazonas precisaram de ajuda do governo do estado para lidar com as sequelas da Covid-19. Os números do projeto do Projeto RespirAR, voltado para a reabilitação cardiopulmonar e física de pessoas que tiveram a doença foram divulgados nesta terça-feira (02/11/21).
Contaminado pela Covid-19 em julho deste ano, Samuel Monteiro, 62 anos, teve 90% do pulmão comprometido, precisou ficar intubado por 13 dias e passar pelo procedimento de traqueostomia. Devido às complicações, ele chegou a perder 25 quilos. “Cheguei em agosto, sem poder ficar em pé, não conseguia dá um passo sequer. Mas graças ao acompanhamento dos profissionais do projeto, voltei a caminhar, nadar e faço musculação. Minha qualidade de vida é melhor do que antes da doença”, declarou Monteiro.
O fisioterapeuta intensivista Bruno Mendes que, desde o início do projeto, coordena a equipe de fisioterapeutas na Vila Olímpica, zona centro-oeste de Manaus, ressalta que no início foi muito difícil devido ao desconhecimento sobre a Covid-19. “O maior desafio no início da pandemia foi trabalhar com uma doença que desconhecíamos, inicialmente não sabíamos das consequências e da severidade da doença. Sem contar que cada pessoa reage diferente ao vírus, temos que estudar com atenção cada caso”, relatou.
Para atender um contingente tão grande de pacientes são necessários 24 educadores físicos, 76 fisioterapeutas e apoio de técnicos de enfermagem. A iniciativa funciona na Vila Olímpica de Manaus, Centros de Convivência, Policlínicas e Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (CAIMIS).
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), o estado tem oficialmente 427.806 casos da doença no estado e 13.771 o total de mortes.