Dados do sistema Deter-B, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados hoje mostram que de, 1º a 30 de dezembro de 2022, 218 Km² da Amazônia, estiveram sob alertas de desmatamento, representando um aumento de 125% em relação ao mesmo mês de 2021.
Os estados que concentram as maiores taxas de desmatamento são o Pará (48,12%), seguido de Roraima (21,1%) e o Amazonas (9,1%). No acumulado entre janeiro e dezembro de 2022, houve recorde da série histórica: uma área total destruída de 10.267 km², superando o registrado nos anos anteriores da série.
Vale ressaltar que a taxa oficial do desmatamento no Brasil é medida pelo sistema Prodes/Inpe e o ano base para a medição se dá de agosto de um ano a julho do ano seguinte. Os números acumulados de agosto a dezembro de 2022 irão fazer parte da próxima medição, os alertas de desmatamento nesse período são de 4.793 km², um aumento de 53,8% em relação ao mesmo período do ano anterior que também é considerado um recorde na série histórica.
“Esse número além de confirmar que tivemos o pior governo na área ambiental desde a nossa redemocratização, já traz um grande problema ao novo governo que acabou de assumir com a promessa de baixar o desmatamento e cumprir os acordos internacionais feitos pelo Brasil, como é o caso do Acordo de Paris.” afirma Rômulo Batista, porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil.