Com fotos de matérias jornalísticas de 1995, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), David Almeida (PSD), lembrou que é praxe do governador Amazonino Mendes, ao assumir o cargo, declarar que a gestão anterior deixou o Estado quebrado, e assim pregar o caos. A afirmação foi feita, na manhã desta quinta-feira (23), um dia após o secretário de Fazenda, Alfredo Paes, confessar o valor atual disponível no caixa do Amazonas: R$ 5,3 bilhões.
“Eu não esperava outra atitude do Amazonino, porque se ele fez com o Gilberto, o pai político dele. Isso ele não vai fazer comigo, que eu não sou aliado e me recusei a ser vice dele quando fui convidado. Existe uma música do Legião Urbana que diz: mais do mesmo. E nós estamos vendo se repetir, 22 anos depois, tudo de novo. Existem problemas, é verdade, mas ele foi eleito justamente para resolvê-los”, disse.
De acordo com David, toda essa estratégia tem como pano de fundo, o interesse em privatizar a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás). “Eles pregaram o caos para privatizar o BEA, Cosama e CEAM e querem fazer isso com a Cigás, que hoje é o único patrimônio que nós temos. Estou sabendo de articulações em São Paulo para isso”, revelou.
Auditoria
Durante o Pequeno Expediente, David Almeida pediu aparte na fala do deputado Donmarques Mendonça (PSDB), e desmentiu a informação de que é contra uma auditoria nas contas do Estado. O presidente da Aleam foi categórico: é a favor da auditoria, mas contra a contratação de uma consultoria para realizar esse trabalho.
“Sou a favor de fazer auditoria nas contas do Estado, repactuar contratos, diminuir folha de pagamento. Tudo Isso é correto. Não quero é uma consultoria contratada para fazer isso, porque é contraditório extinguir a Secretaria de Planejamento e contratar uma consultoria. Na verdade, essa consultoria já havia sido oferecida ano passado. Essa consultoria é do senhor Samuel Hanan”, afirmou.