Covid-19

Covid-19: proteção das vacinas cai contra a variante Ômicron

Identificada na África do Sul, a nova variante do SARS-CoV-2 batizada de Ômicron se mostra capaz de escapar parcialmente da proteção das vacinas contra a Covid-19 da Pfizer. Dados preliminares divulgados nesta terça-feira (14/12/21) por cientistas sul-africados apontam que até dois terços dos vacinados com duas doses pode ser infectada por essa variante. A boa notícia, no entanto, é que a proteção contra hospitalizações ainda se mantém em 70%.

O levantamento, conduzido pelo Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul (SAMRC, em inglês) e divulgado pela Discovery Health, observou 211.000 pacientes adultos (18 anos ou mais) com teste RT-PCR positivo para o novo coronavírus. Destes, cerca de 40% ou 84.400 pessoas estavam com esquema vacinal completo contra a doença.

Felizmente, esses dados preliminares mostram que a proteção das vacinas da Pfizer contra formas graves da Covid-19 foi mantida em todas as faixas etárias, com uma média de 70% de proteção. No entanto, ela caiu entre os mais idosos, chegando a 59% entre pessoas de 70 a 79 anos. Vale lembrar que a Organização Mundial de Saúde considera uma vacina eficaz se oferecer pelo menos 50% de efetividade contra formas graves. Ainda não se sabe se essa queda aconteceu porque essa faixa etária foi vacinada primeiro. A proteção das vacinas usadas atualmente dura, em média, seis meses.

Sobre as suspeitas de que a Ômicron gera casos mais leves, ainda é cedo para confirmar ou descartar essa hipótese. Os casos parecem estar crescendo muito mais rápido do que durante a onda da variante Delta na África do Sul, mas as internações estão mais lentas. Resta saber se isso será uma tendência que será mantida ou não. Vale lembrar que leva um certo tempo entre ser infectado e desenvolver sintomas mais severos, então essa resposta ainda vai demorar.

Dose de reforço

A constatação da queda na proteção das vacinas contra formas graves da Covid-19 pela variante Ômicron reforça a necessidade do reforço dos imunizantes. Um outro estudo, feito por pesquisadores da Universidade Rockefeller (EUA) mostra que uma dose de reforço, tanto em pacientes que já tiveram Covid-19 quanto pessoas com o esquema completo confere neutralização entre 30 a 200 vezes maior.

O aumento expressivo no número de casos da doença no país que a identificou primeiro, indicando uma cepa mais transmissível em comparação com a original e o grande número de mutações genéticas (cerca de 50) fizeram a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar essa versão do coronavírus como uma variante de preocupação (VOC) no fim de novembro.

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