O intervalo para aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para a população a partir de 60 anos, no Amazonas, foi reduzido para três meses, conforme Nota Técnica da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) e da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) divulgada nesta quarta-feira (29/12/21). O novo intervalo, válido para todo o estado, visa ampliar a proteção para faixa da população mais vulnerável a formas graves da doença.
Conforme preconiza o Ministério da Saúde, as vacinas utilizadas para a dose de reforço devem ser Astrazeneca e Pfizer. A Nota Técnica recomenda que cada município deve avaliar o seu estoque e buscar otimizar o uso das doses existentes para potencializar a vacinação. Na atual etapa da Campanha de Vacinação, a distribuição de vacinas aos municípios estará condicionada ao planejamento local, com a finalidade de evitar perdas de doses.
Além de ampliar a proteção na faixa mais vulnerável da população, a redução do intervalo para a dose de reforço é medida de prevenção em relação ao avanço da variante Ômicron, que possui um índice de transmissibilidade maior que as demais variantes do novo coronavírus.
Até o momento, no Brasil, a Ômicron foi diagnosticada em cinco estados, com transmissão comunitária em São Paulo. No Amazonas, ainda não há registros da variante, segundo dados do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz-Amazônia), para onde a FVS-RCP encaminha amostras de casos positivos da Covid-19 para sequenciamento genético.
Imunossuprimidos
No dia 3 de janeiro, segunda-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) começará a aplicar a quarta dose nas pessoas com alto grau de imunossupressão. O intervalo será de quatro meses a partir da data da terceira dose.
Podem receber a dose de reforço pessoas que tenham imunodeficiência primária grave; as que estejam fazendo quimioterapia ou radioterapia para tratamento de câncer; os transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras; pessoas vivendo com HIV/Aids; as que fazem uso de corticoides em doses igual ou maior que 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 dias ou mais; as que façam uso de drogas modificadoras da resposta imune; pacientes em hemodiálise; e pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, autoinflamatórias, doenças intestinais inflamatórias).
Para receber a terceira dose, é necessário apresentar um documento de identificação com foto, CPF ou Cartão Nacional do SUS e laudo, exame ou receita – original e cópia, que ficará retida para controle. A relação dos documentos específicos está disponível nas redes sociais da Semsa.