Covid-19

Covid-19: crianças podem transmitir tal qual adultos e até gerar novas variantes

Um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, mostra que crianças sintomáticas podem carregar grandes quantidades do coronavírus causador da Covid-19 e até gerar novas variantes. O estudo buscou entender a forma como elas podem influenciar na transmissão e evolução do vírus. O trabalho foi publicado no The Journal of Infectious Diseases no dia 14 de setembro.

O estudo observou cerca de 110 crianças no Reino Unido com Covid-19, com idade média de 10 anos. Foi observado que a idade delas não influenciou a carga viral do SARS-CoV-2 ou mesmo o desenvolvimento de formas mais graves da doença. 

As crianças ficaram mais infecciosas nos primeiros cinco dias de doença, podendo espalhar para mais pessoas nesse período. Os dados mais preocupantes, porém, foi que elas podem ser afetadas da mesma maneira que adultos. De acordo com o estudo, o número de internações nessa faixa etária foi significativo. E o pior: podem gerar novas variantes do coronavírus.

A pesquisa buscou compreender como funciona a dinâmica da infecção pelo SARS-CoV-2 em crianças, uma vez que, até o momento, apenas jovens acima de 12 anos podem ser vacinados contra a Covid-19.

Como a diminuição do distanciamento e o avanço da vacinação em populações mais velhas, os pesquisadores consideram fundamental entender como as crianças podem a evolução da pandemia, possibilitando assim planejar melhor políticas de saúde pública e estratégias de vacinação. No Brasil, várias cidades e capitais, incluindo Manaus, já retomaram aulas 100% presenciais de crianças e jovens.

Vacinação de crianças

Em setembro, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que a vacina contra covid-19 que desenvolveram em parceria induz uma resposta imune robusta em crianças de entre 5 e 11 anos de idade. Os laboratórios planejam pedir autorização para que a vacina seja aplicada nessa faixa etária às autoridades dos Estados Unidos (EUA), da Europa e de outros locais o mais rápido possível. Ainda não há previsão para o Brasil.

As empresas dizem que a vacina gerou resposta imune nas crianças de 5 a 11 anos em seu ensaio clínico de fases 2 e 3, e os resultados se equivalem ao que observaram anteriormente entre pessoas de 16 a 25 anos. O perfil de segurança também foi, em geral, comparável ao da faixa etária mais elevada, afirmaram.

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