As investigações sobre o acidente com o avião bimotor turboélice Bandeirante, da Embraer, ocorrido no último sábado (16/09/2023) ficarão a cargo do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII). O Seripa VII é ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e à Força Aérea Brasileira (FAB).
A aeronave do modelo Embraer EMB-110 Bandeirante levava os 12 turistas a bordo, além do piloto e do copiloto. O avião saiu da capital com destino à cidade de Barcelos, no interior do estado, conhecida pelo turismo de pesca. A queda aconteceu quando o avião tentava pousar na cidade. Chovia forte no momento do desastre.
As investigações sobre as causas do acidente serão realizadas pela Polícia Civil do Amazonas e pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII). Os investigadores já estão no município de Barcelos, onde ocorreu a queda da aeronave, para coleta e iniciar a avaliação dos dados da ocorrência. As investigações não têm prazo para ser concluídas. Nesta segunda-feira (18/09/2023), os corpos das 14 vítimas foram liberados.
Vítimas do acidente de avião
– Renato Souza de Assis (GO)
– Marcos de Castro Zica (GO)
– Witter Ferreira de Faria (MG)
– Gilcresio Salvador de Medeiros (GO)
– Roland Montenegro Costa (MA)
– Fábio Ribeiro (PR)
– Luiz Carlos Cavalcante Garcia (SP)
– Guilherme Boaventura Rabelo (MG)
– Hamilton Alves Reis (SP)
– Heudes Freitas (MG)
– Euri Paulo dos Santos (MG)
– Fabio Campos de Assis (GO)
– Leandro Costa de Souza – (RR) – piloto
– Fernando Luiz Galvão Bezerra Júnior (CE) – copiloto
Histórico de problemas
O Vocativo fez um rápido levantamento e encontrou 12 processos judiciais envolvendo a Manaus Aerotáxi Participações LTDA, sendo alguns deles relacionados a segurança de voo. Em 2017, a Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 11a Regiao – AM/RR (TRT11) determinou que a empresa indenizasse em R$ 20 mil por danos morais um copiloto que comprovou ter trabalhado em aeronaves com falhas em equipamentos.
No processo, o ex-funcionário, que trabalhou na empresa aérea de Janeiro de 2011 a outubro de 2015 alegou ter trabalhado durante os quase cinco anos de vínculo empregatício em aeronaves que apresentavam problemas como vazamento de combustível, radar meteorológico inoperante e abertura da porta de passageiros na corrida de decolagem.