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Assassinato de cientista iraniano reabre crise com Israel

O assassinato de um cientista nesta sexta-feira (27) abriu mais uma crise entre Irã e Israel. Mohsen Fakhrizadeh foi morto nos arredores de Damavand, na província de Teerã. O presidente do Irã, Hassan Rouhani, responsabilizou neste sábado (28) Israel pelo assassinato e acusou o país de agir como um “mercenário” dos Estados Unidos.

“Mais uma vez, as mãos malignas da arrogância global, com o regime usurpador como um mercenário, foram manchadas com o sangue de um filho desta nação”. Fakhrizadeh era principal cientista por trás do projeto nuclear iraniano.

Matéria do jornal “New York Times” afirma que o cientista era um dos maiores alvos da Mossad, o serviço de inteligência israelense. O líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, ordenou que as autoridades do país punissem os autores do assassinato.

Suspeita-se que Fakhrizadeh estava envolvido em planos para a criação de uma ogiva atômica pelos serviços de inteligência dos EUA e de Israel. O programa nuclear iraniano é motivo de tensões internacionais desde a primeira década deste século, quando o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, excluiu o Irã da doutrina nuclear americana, na qual o país se compromete a não usar armas nucleares contra os países que não possuam esse tipo de armamento. O governo iraniano entendeu a exclusão como uma ameaça de ataque nuclear.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou mediar um acordo com o Irã para fazer a mediação sobre o impasse na época, mas sem sucesso. A Agência Internacional de Energia Atômica diz que o Irã “realizou atividades relevantes para o desenvolvimento de um dispositivo explosivo nuclear” em um “programa estruturado” até o final de 2003. O governo iraniano, por sua vez, nega.

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