Amazônia

Apesar da subida, cheia do Rio Negro ainda não começou, alerta CPRM

O nível do Rio Negro em Manaus subiu cerca de 4 centímetros nos últimos três dias. Apesar disso e das frequentes chuvas vistas na capital, o processo de cheia propriamente dito ainda não começou. É o que alerta o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

“Apesar de termos observado uma pequena elevação no porto de Manaus, de cerca de 4 centímetros em três dias, ainda é cedo pra afirmar que o processo de cheia dessa estação começou. Todas as estações monitoradas na Bacia do Rio Negro, inclusive em São Gabriel da Cachoeira, que é nossa estação mais elevada, as cotas ainda continuam em processo de vazante”, explica André Santos Martinelli, pesquisador e engenheiro hidrólogo do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM).

De acordo com o pesquisador, em regra, a cheia em Manaus começa por volta de duas semanas após o início do processo em São Gabriel. Por outro lado, a cheia do Rio Solimões pode ser a responsável pela subida das águas na capital. “Manaus também é muito influenciada pelo Rio Solimões, onde o processo de cheia já foi iniciado há cerca de duas semanas”. Segundo o engenheiro, o Rio Negro encontra-se em período de oscilação e o processo de cheia deve começar no prazo de uma semana a dez dias.

De acordo com Martinelli, ainda não é possível dar qualquer perspectiva sobre a magnitude da próxima cheia. Vale lembrar que em 2021, o rio Negro atingiu a sua maior marca já registrada. “Sabemos que existem outros fatores que influenciam isso, como a climatologia, então é preciso que haja um somatório de situações que colaborem para um evento severo de cheia e é prematuro afirmar isso agora, em novembro, no final do processo de vazante”, alerta.

Apesar disso, o Amazonas tem registrado diversos eventos climáticos extremos na última década, como foi falado neste episódio do podcast Provocativo.

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