Uma carta assinada por 16 governadores de Estados brasileiros pediu ao governo Bolsonaro aumento nos valores do novo Auxílio Emergencial. No entanto, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) não assinou o documento, que foi divulgado nesta quarta-feira (24/03).
Os valores aprovados pelo governo ficaram em R$ 150,00, R$ 250,00 e R$ 375,00, bem abaixo dos R$ 600,00 pagos durante a primeira onda da Covid-19 em todo o país, entre abril e dezembro de 2020. Isso sem contar que não contemplam a mesma quantidade de beneficiários anterior.
Os valores atuais, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não são capaz de comprar nem a metade dos itens da Cesta Básica em algumas regiões. O benefício foi criado para ajudar a complementar a renda de trabalhadores em regiões que precisem de maiores restrições de mobilidade em virtude da pandemia.
O estado do Amazonas foi uma das unidades da federação em que o número de beneficiados pelo programa superou o de empregos com carteira assinada enquanto a medida esteve em vigor. Foram 1.511.310 pessoas recebendo o valor de R$ 600,00 contra 403.070 postos de trabalho formais. De acordo com o IBGE, o estado é um de maiores taxas de informalidade do país, com 63% da população trabalhando sem carteira assinada.
O grupo de governadores alertou para o momento de maior gravidade do surto e que, enquanto não ocorre o processo de vacinação em massa, as medidas de restrição continuam sendo necessárias. Procurada para comentar a negativa do governador em assinar a cara, a Secretaria de Estado de Comunicação não se manifestou até o fechamento desta notícia.
Foto: Secom-AM