Amazônia Covid-19

Amazonas tinha uma das menores taxas de leitos do país em 2021

Dados do IBGE mostram que a disponibilidade de leitos para internação Amazonas era uma das menores do país em 2021, auge da pandemia

Uma das causas da alta mortalidade pela Covid-19 no Amazonas foi a sobrecarga do sistema de saúde do estado, tanto público quanto privado. Dados são da Síntese de Indicadores Sociais 2022, divulgada na última sexta-feira (02/12/2022), pelo IBGE, mostra bem o tamanho da falta de assistência. A média mensal de disponibilidade de leitos para internação no Amazonas era uma das menores do país, em 2021, auge de internações na pandemia.

Pra se ter uma ideia da disparidade, a quantidade de leitos do Amazonas era superior apenas ao estado de Sergipe (que tem extensão territorial 71 vezes menor) e igual a de São Paulo (que tem população dez vezes maior). Além disso, em 2010, a média de leitos para cada 10 mil beneficiários de planos privados era de 33,6; em 2021, era de 17,6, menor média da série histórica e também a menor oferta de leitos por beneficiários do Brasil. A taxa de tomógrafos e de profissionais de saúde por habitantes no Estado, por sua vez, também estava entre as menores do país.

Desigualdade de cor

Ainda segundo a pesquisa, dentre os óbitos por infecção por coronavírus, observa-se que, em 2021, as vítimas foram mais os homens (4.668) do que as mulheres (3.729), no Amazonas, assim como foi no Brasil como um todo. Por cor ou raça, observa-se mais óbitos de pessoas pretas ou pardas (3.414 homens e 2.611 mulheres), do que de pessoas brancas (1.002 homens e 931 mulheres), o que reflete a realidade do Amazonas, que possui maior proporção de pretos e pardos na população total (83,0%).

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