Quase metade da população do Amazonas não possui qualquer tipo de rendimento que não seja de programas sociais. O número é o pior entre todos os estados da federação e o Distrito Federal. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2022, divulgada nesta quinta-feira (11/05/2023) pelo IBGE.
Apenas 50,9% da população, ou seja, cerca de 2 milhões e 120 mil pessoas, possuí algum rendimento. E o detalhe mais assustador: os números já são superiores aos registrados nos anos de 2020 e de 2021, contudo, o percentual é o mais baixo do país. O rendimento médio mensal domiciliar por pessoa, no Amazonas, por sua vez, passou de R$ 874, em 2021, para R$ 947, em 2022, mas ainda é um dos mais baixos entre as unidades da federação.
Pra se ter uma ideia, o rendimento médio mensal domiciliar por pessoa, no Amazonas, passou de R$ 874, em 2021, para R$ 947, em 2022, mas ainda é um dos mais baixos entre as unidades da federação, à frente apenas dos valores registrados no Maranhão (R$ 833) e Alagoas (R$ 922). Em todo o Estado, 46,9% ou 513 mil domicílios, do total de 1 milhão e 94 mil estimados, tinham rendimento vindo de algum programa social.
A pesquisa mostra ainda que a população local foi seriamente afetada pela manobra do ex-presidente Jair Bolsonaro de modificar o então Auxílio Emergencial, e extinguiu o Bolsa Família, criando o chamado Auxílio Brasil, em 2021. Isso porque o trâmite burocrático causou interrupção no pagamento, causando uma redução brusca na proporção de domicílios com algum beneficiário do indicador “outros programas sociais” de 18,0% para 8,1% no Amazonas.
No Brasil, o rendimento médio mensal domiciliar por pessoa foi de R$ 1.586. Norte e Nordeste foram as regiões que apresentaram os menores valores (R$ 940 e R$ 929, respectivamente). Já as regiões Sul e Sudeste se mantiveram com os maiores rendimentos (R$ 1.814 e R$ 1.804, respectivamente).