O último levantamento do Índice de Preços da empresa Ticket Log (IPTL) apontou que, no fechamento de março, os maiores acréscimos no preço médio do litro da gasolina e do etanol foram registrados na Região Norte. O Amazonas acabou sendo o estado com os aumentos mais significativos.
A gasolina fechou o período a R$ 6,24 na região, após acréscimo de 10,01% ante fevereiro. Já o etanol foi comercializado a R$ 5,00 o litro, com alta de 5,06%. O diesel comum fechou a R$ 6,86, após recuo de 2,46%, e o S-10 a R$ 6,98, após redução de 2,38% ante o mês anterior. A região também apresentou o maior preço médio para todos os combustíveis.
“Entre os destaques nacionais, o Amazonas registrou os acréscimos mais expressivos para todos os combustíveis, a exemplo da gasolina e do etanol que fecharam o mês com acréscimo de 16,05% e 14,61%, respectivamente. O Acre foi o único Estado do País a apresentar redução para o etanol, de 1,53%” aponta Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil.
A gasolina se apresentou como a opção mais vantajosa para abastecimento em toda a Região Norte, exceto no Acre e no Amazonas, onde o etanol foi considerado economicamente mais viável. “Por ser produzido com cana-de-açúcar ou milho, o etanol é ecologicamente mais viável para o abastecimento, capaz de reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas”, explicou o diretor. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da empresa.
Reman
Em março de 2022, representantes de sindicatos de petroleiros e analistas convidados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado criticaram o processo de privatização da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus e alertaram que o negócio pode deixar os derivados que são produzidos aqui mais caros.
Em maio do mesmo ano, a Petrobras anunciou que a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) havia aprovado a transação de venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), em Manaus, para o grupo Atem, nome fantasia da Ream Participações S.A. De acordo com o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), o preço negociado para a venda da refinaria foi cerca de 70% inferior ao seu valor de mercado.