O estado do Amazonas registrou de janeiro até o momento pelo menos 15.180 casos de dengue. As informações foram divulgadas na edição do informe epidemiológico de dengue do dia 15 de junho. Neste período 5 pessoas morreram em decorrência da doença no estado.
Até o momento, os municípios de maior incidência foram Jutaí, Tocantins, Ipixuna, Tefé, Humaitá, Guajará, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Maraã e Lábrea. Juntos, esses municípios somam uma taxa de incidência de 22.978,60 mil casos da doença.
Para evitar proliferação do mosquito transmissor da dengue, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, detalha que o enfrentamento da campanha de combate a arboviroses realizada pelo Ministério da Saúde desde maio está sendo feito a partir de observações das características locais.
“Estamos começando fazendo essa estratificação dos municípios, para entender onde que os criadouros estão, qual a diferença entre eles, usando a tecnologia para propor estratégias diferentes para cada local”, explica.
O Boletim Epidemiológico da Dengue no Amazonas oferece um panorama detalhado da situação da dengue na área do Alto Solimões. Este trabalho é conduzido pelo Laboratório de Fronteiras (Lafron), parte da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP), por meio do Centro de Operações do Alto Solimões.
Desde o início do ano até quinta-feira (15) foram registrados 3.201 casos de dengue na região, que resultaram em 3 mortes pela doença. Essa área é especialmente focada no monitoramento da dengue por ser uma Tríplice Fronteira, ou seja, um ponto de encontro entre Brasil, Peru e Colômbia. É uma zona com grande fluxo de pessoas viajando entre os países envolvidos, o que a torna crucial para a saúde pública.
Dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, como o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica e anemia falciforme).
Sintomas
- Febre alta, acima de 38,6°C;
- Dores musculares bem fortes;
- Dor ao movimentar os olhos;
- Dor de cabeça;
- Falta de apetite;
- Mal-estar geral;
- Manchas avermelhadas pelo corpo.
Prevenção
- Não estocar pneus em áreas descobertas
- Não acumular água em lajes ou calhas
- Colocar areia nos vasos de planta
- Cobrir bem tonéis e caixas d’água
- Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos.