O Dia Mundial da Tuberculose é celebrado nesta quinta-feira (24/03/2022). Segundo dados do Ministério da Saúde, Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima são os estados que apresentam os maiores índices da doença. A doença teve aumento de 12% em número de casos no Amazonas, em 2021.
Em nível nacional, segundo a pasta, em 2021 foram registrados 68.271 casos novos de tuberculose. Em 2020, foram 68.939 casos novos e 4.543 mortes pela doença. Em 2019, o número de óbitos registrados pela doença foi bem parecido com o do ano anterior, 4.532.
Os dados do ministério mostram que, na comparação com os anos anteriores da série histórica nos anos de 2020 e 2021, foi observada queda acentuada na incidência de tuberculose, com exceção do Amazonas, que teve aumento de 12% em 2021. Segundo dados epidemiológicos da Fundação de Vigilância em Saúde – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), o estado teve 3.209 casos novos no ano passado, ante 2.853 em 2020.
O levantamento também aponta que homens com idade entre 20 a 34 anos apresentaram quase três vezes mais risco de adoecimento na comparação com mulheres na mesma faixa etária. O balanço revela ainda um aumento de 12,9% na realização de exames para o diagnóstico de tuberculose em 2021, quando comparado a 2020 (380 mil).
A pessoa com sintomas da doença ou que convive com alguém infectado deve procurar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para realização de exames. Após análise médica, o paciente com caso suspeito realizará exames laboratoriais, por meio do Teste Rápido Molecular (TRM-TB), sendo utilizadas amostras de escarro espontâneo ou induzido, também são realizados exames de imagem como a radiografia do tórax em pessoas com suspeita clínica de tuberculose pulmonar.
“Os principais sintomas da doença são tosse por mais de duas semanas, acompanhada de secreção ou não, febre baixa, perda de peso e sudorese noturna. O principal sintoma é a tosse, e por isso é recomendado que pessoas com tosse por mais de duas semanas sejam examinadas, e procurem uma unidade de saúde para a realização do exame de escarro”, explica a enfermeira e coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose no Amazonas (PECT), Lara Bezerra.
Tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta principalmente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos. A forma extrapulmonar, que afeta outros órgãos que não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas vivendo com HIV, especialmente aquelas com comprometimento imunológico.
A transmissão acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa, sem tratamento. A tuberculose não é transmitida por objetos compartilhados. Os sintomas incluem tosse por três semanas ou mais, febre vespertina, suor noturno e emagrecimento.
O tratamento dura no mínimo seis meses e pode ser feito com o uso de quatro medicamentos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias mais de 4,1 mil pessoas perdem a vida devido à tuberculose e cerca de 30 mil adoecem no mundo.
Grupos de risco
Imunossuprimidos representam o grupo com maior risco de desenvolver a tuberculose caso entrem em contato próximo e prolongado com quem está em tratamento da doença. Pessoas vivendo com HIV (PVHIV), pacientes com diabetes, tabagistas, usuários de fármacos imunossupressores ou pessoas em qualquer outra condição de imunossupressão são mais vulneráveis à ILTB.