Amazônia

Amazonas aumenta restrições, mas descarta lockdown para conter casos de Covid-19

Atualizada às 19h

O governo do Amazonas descartou decretar lockdown (fechamento total) em todo estado, mas vai endurecer as medidas de restrição de atividades não essenciais até que os índices de ocupação da rede de saúde apresente estabilidade. As novas medida passam a valer à partir da próxima segunda-feira (25/01) e serão válidas inicialmente por sete dias. As ações visam conter os casos e as internações pela Covid-19 e foram anunciadas neste sábado (23/01) em transmissão pelas redes sociais.

A partir de segunda, a restrição de circulação de pessoas passa a valer durante 24 horas. “Isso não significa que o cidadão não tenha o direito de ir e vir. Ele só poderá sair da sua casa, mas apenas em casos de extrema necessidade. Ele pode sair ao supermercado, a farmácia e em caso de urgência e emergencia”, deixou claro o governador do estado, Wilson Lima.

Na mesma transmissão, o governador aproveitou para tranquilizar a população a garantiu o funcionamento de supermercados, que passarão a funcionar entre 06h e 19h, apenas para venda de alimentos, bebidas, limpeza e higiene pessoal. Farmácias funcionarão 24h. Clínicas e serviços de urgência, veterinárias e atendimento funcionarão normalmente. Feiras poderão funcionar de 04h às 08h. Padarias e restaurantes poderão funcionar apenas no sistema de delivery de 06h às 22h. Obras e serviços de engenharia só poderão funcionar para a área da saúde.

Será permitido o transporte de trabalhadores e cargas essenciais à vida (alimentos, medicamentos e insumos). A indústria funcionará em turnos de 12 horas, exceto as que possuem como bem final o setor de alimentação, de farmácia e de itens para hospitais. Não serão permitidos serviços delivery ou drive-thru de comércio e serviços não essenciais. Postos de combustíveis também poderão funcionar sem a abertura das lojas de conveniência.

Variante mais transmissível

Segundo o secretário de saúde do estado, Marcellus Campêllo, as internações no estado quintuplicaram em janeiro em relação a dezembro, o que levou ao colapso da rede de saúde do Amazonas, tanto na rede pública quanto na rede particular. Os casos também estão pressionando o interior, onde o aumento de casos já chega a 40%.

As autoridades de saúde do Amazonas atribuíram essa explosão de casos a uma nova variante do coronavírus descoberta recentemente em Manaus. Estudos sugerem que ela pode ser mais transmissível e capaz de driblar a resposta imune do corpo, o que explicaria casos recentes de reinfecção descobertos na cidade. No entanto, a Organização Mundial de Saúde e a comunidade científica brasileira afirmam que ainda há mais dúvidas do que respostas sobre essa variante.

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