Engrenagens

Dívida de R$ 57 milhões da SEDUC-AM afeta atendimento médico de 40 mil

Mais de 40 mil profissionais da educação e seus dependentes estão sem plano de saúde no Amazonas. A Hapvida suspendeu os serviços por falta de pagamento de R$ 57 milhões por parte da SEDUC-AM

A saúde de mais de 40 mil professores, servidores administrativos e seus dependentes está em risco no Amazonas. A operadora Hapvida suspendeu nesta terça-feira (27/05/2025) o plano de saúde dos profissionais da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC-AM) devido a uma dívida de mais de R$ 57 milhões acumulada pela pasta estadual em 10 meses de inadimplência. A medida afeta tanto servidores da capital quanto do interior do estado.

A denúncia foi feita pelo deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza), que cobrou providências imediatas do Governo do Amazonas. Segundo ele, muitos dos atingidos estão em tratamento contínuo de doenças graves, como câncer, e dependem diretamente do plano de saúde para garantir seus cuidados.

“O câncer não espera, a cirurgia eletiva não espera. A suspensão do plano ceifará vidas”, afirmou o parlamentar em discurso na Assembleia Legislativa. Ele também responsabilizou o governo por não ter agido a tempo, apesar de alertas anteriores. “Na semana passada, avisei que isso aconteceria. Agora, jogaram os professores para o SUS”, criticou.

A suspensão do serviço foi embasada na Resolução Normativa nº 561/2022 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que permite à operadora rescindir contratos em caso de inadimplência. A situação gerou revolta entre profissionais da educação, que passaram a procurar os hospitais públicos da rede estadual, já sobrecarregados, como o 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo.

A Secretaria de Educação ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, nem apresentou um cronograma para a regularização da dívida. Já a Hapvida informou, por meio de comunicado interno, que os atendimentos estão suspensos até a quitação dos débitos por parte do governo.


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