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AM: Denúncias de violência contra a mulher via 180 crescem 17% em 2024

Foram 16.451 ligações no ano passado, contra 14.051 em 2023. Denúncias também cresceram, de 2.119 em 2023 para 2.622 em 2024, acréscimo de 23,7%

A Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180 registrou, em 2024, um total de 16.451 atendimentos no Amazonas, representando um aumento de 17% em relação a 2023, quando foram contabilizados 14.051 atendimentos. As denúncias de violência contra a mulher no estado também apresentaram um crescimento significativo de 23,7%, passando de 2.119 em 2023 para 2.622 em 2024. Dessas denúncias, 2.413 foram realizadas por telefone e 165 via WhatsApp.

Do total de denúncias no ano passado, 1.585 foram feitas pelas próprias vítimas, enquanto 1.035 partiram de terceiros. A residência da vítima continua sendo o local mais frequente das ocorrências de violência, com 1.085 registros. Além disso, 990 casos ocorreram em residências compartilhadas pela vítima e pelo agressor.

Mulheres entre 30 e 34 anos foram as mais afetadas, com 499 vítimas nessa faixa etária. As mulheres pardas e pretas somaram 1.885 vítimas, e os principais agressores foram esposos(as) e companheiros(as) — ou ex-companheiros(as) — totalizando 1.148 casos.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, atribui o aumento no número de atendimentos a uma maior confiança das mulheres no Ligue 180, que passou por melhorias desde 2023, com a reestruturação prevista na retomada do Programa Mulher Viver sem Violência (Decreto nº 11.431/2023). .

Dados adicionais reforçam a gravidade da situação no Amazonas. Em 2023, foram notificados 5.806 casos de violência contra mulheres em todos os ciclos de vida no estado, representando um aumento de 20% em relação a 2022. As faixas etárias mais afetadas foram de 10 a 14 anos (28,4%), 20 a 29 anos (19,1%) e 15 a 19 anos (15,5%). Os principais tipos de violência registrados foram a física (32,7%) e a sexual (30,1%).

Além disso, o Amazonas lidera o ranking nacional de homicídios contra mulheres, com uma taxa de 6,4%, quase o dobro da média nacional de 3,8%. Em 2023, o estado registrou 1.467 mulheres vítimas de feminicídio, o maior número já registrado desde a criação da lei.


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