A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (10/12/2014) a Operação Pasto Oculto, voltada para reprimir crimes ambientais e invasões de terras públicas. A ação, que envolveu o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Tapauá (AM) e Curitiba (PR), revelou um esquema que combinava desmatamento ilegal, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro, com prejuízo ambiental estimado em mais de R$ 170 milhões.
A investigação foi impulsionada pelo cruzamento de dados de alertas de desmatamento, gerados por sistemas periciais avançados da Polícia Federal. Entre esses sistemas, foi utilizado o Projeto Pericial Tukano, que identificou o desmatamento ilegal de vegetação em três fazendas localizadas no sul do Amazonas. Essas áreas, somando mais de 2.000 hectares, não possuíam licenças ambientais para a exploração, configurando crimes ambientais graves.
Impacto ambiental e prejuízo financeiro
De acordo com a perícia realizada no local, o dano ambiental foi calculado em R$ 170 milhões. Como medida compensatória, além do cumprimento dos mandados judiciais, a Justiça determinou o sequestro de bens equivalentes ao valor estimado do prejuízo.
Durante as buscas, foram apreendidos itens de alto valor, incluindo joias, uma grande quantidade de esmeraldas e obras de arte com certificados de autenticidade. A apreensão desses bens reforça a suspeita de que os lucros obtidos com o desmatamento ilegal e a invasão de terras públicas eram ocultados por meio de operações sofisticadas de lavagem de dinheiro.
Crimes e penas
Os investigados poderão responder por crimes de desmatamento ilegal, invasão de terras da União e lavagem de dinheiro. As penas combinadas para esses delitos podem chegar a 17 anos de prisão. A Polícia Federal segue apurando o caso para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso, incluindo financiadores e beneficiários das atividades ilícitas.
Descubra mais sobre Vocativo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
