A gasolina comum apresentou aumento de 4,6% no período de 12 meses, impactando o orçamento das famílias no Amazonas. Os dados são do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que revelou oscilações nos preços dos combustíveis no Estado. A pesquisa, que abrange mais de 30 mil postos de abastecimento em todo o país, aponta que, apesar de algumas reduções pontuais, os valores seguem elevados para os consumidores.
A gasolina aditivada, seguiu a tendência e aumentou 0,2% em setembro e 4,7% na variação anual. Em relação há 12 meses, o etanol subiu 4,3%. Em contrapartida, o diesel comum teve queda de 0,4% em setembro, mas registrou um aumento de 3,1 % em relação ao ano anterior. A versão S-10 reduziu 0,3% no mês, enquanto cresceu 3,6% em doze meses.
Na análise da região Norte, três dos cinco combustíveis comercializados na região registraram aumento nos preços médios, com destaque para a gasolina comum, que alcançou o maior preço médio do país, a R$ 6,59, representando um crescimento de 3,9% nos últimos 12 meses. Além disso, a gasolina aditivada apresentou alta de 0,4% no último mês e de 4,8% em um ano. Em contrapartida, o diesel S-10 registrou uma queda de 0,2% no mês de setembro e de 2,0% na comparação em 12 meses.
Os dados apurados pelo Monitor de Preços de Combustíveis indicam que, na região Norte, o abastecimento de um tanque de 55 litros de gasolina comum comprometeu 8,2% da renda média domiciliar no 2º trimestre de 2024. Esse cenário evidencia o forte impacto da volatilidade do mercado de combustíveis sobre o orçamento dos consumidores, influenciado por fatores como inflação, decisões econômicas e flutuações nos valores internacionais do petróleo.
Consequências da privatização
Em março de 2022, representantes de sindicatos e analistas convidados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado criticaram o processo de privatização da Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus e alertaram que o negócio pode deixar os derivados que são produzidos aqui mais caros.
Em dezembro de 2023, a Atem Participações, proprietária da Refinaria da Amazônia (Ream), em Manaus, ampliou participação no setor de exploração e produção de óleo e gás no estado. Esta semana, o grupo, que detém a distribuição de combustíveis no estado, comprou seus primeiros blocos exploratórios, com foco na Bacia do Amazonas. A transação aumentou o poder de barganha da empresa sobre os combustíveis na região, que já possui o preço mais caro do país.
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