Continuando a série que relembra a atuação da atual Legislatura da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o Vocativo relembra a atuação de um vereador da base e do mesmo partido do prefeito David Almeida (Avante): o vereador Gilmar Nascimento.
Além de funcionar como membro mais ativo no bloqueio de ações que questionem a atual gestão da prefeitura, Nascimento também se “destacou” por acusações de irregularidades envolvendo um centro de lazer em Manaus, bem como processar (e vencer) um cidadão que simplesmente pediu esclarecimentos a respeito do uso de dinheiro público.
CSU do Parque 10
Em junho deste ano, o nome de Nascimento esteve envolvido na polêmica sobre a privatização do Centro Social Urbano (CSU) do Parque 10. O vereador de oposição Rodrigo Guedes (PP) apresentou uma representação no Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) após anunciar ter descoberto irregularidades no uso de patrimônio público no Festival.
Foram constatadas no local várias muretas e grades para a construção de um estacionamento rotativo privado dentro do CSU, além da falta de licitação para a comercialização de alimentos, venda das barracas bebidas e brinquedos no local. Tendo em vista que, os comerciantes precisam desembolsar R$ 2.200,00 pelo aluguel de uma barraca e R$ 1.500,00 por carrinho de venda ambulante.
A representação apontou que em 2022, os responsáveis pela organização do evento à época, o Instituto Norte Brasil, onde quem falava em seu nome é a mesma pessoa que hoje arrecada com a venda das barracas. Além disso, nesse ano, a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) celebrou o contrato n. 053/2023, com a empresa Arsenal Produções, que tem como sócio proprietário Francisco Emerson Menezes de Almeida, no valor de R$ 1.008.900,00 para atender o 42º Festival Folclórico do CSU do Parque Dez. Francisco Emerson também recebe pagamentos pelos aluguéis de barracas, assim como o senhor Sydean Barros Brasil Marques, servidor comissionado ligado ao gabinete do vereador Gilmar Nascimento.
Em setembro de 2023, um áudio e prints de mensagens atribuídos a Gilmar Nascimento apontam que ele cobrava pelo espaço das barracas no CSU do Parque Dez. Na gravação, o vereador orienta comerciantes e ambulantes a pagar valores entre R$ 2.200 e R$ 4.500. O dinheiro, conforme o processo de Rodrigo Guedes, seria destinado a Syndean Marques.
Processo contra cidadão
Diante da acusação, o comerciante Marcio Elto Daniel questionou nas redes sociais o vereador Gilmar Nascimento e foi processado por ele em R$ 52 mil por danos morais. Nascimento venceu em primeira instância e o comerciante foi obrigado a pagar R$ 1 mil ao vereador.
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