A situação da seca na região Norte do Brasil apresenta um cenário alarmante conforme os últimos dados divulgados pelo Monitor de Secas, divulgado nesta terça-feira (03/09/2024). Entre os meses de junho e julho, houve uma intensificação significativa do fenômeno em diversos estados da região, especialmente o Amazonas, que agora lidera em termos de área total afetada pela seca em julho com nada menos do que 1.532.511 km².


Enquanto a seca extrema se espalhou, aumentando de 2% para 9% da área total da região Norte, o Amazonas foi duramente atingido. O estado viu sua área total afetada pelo fenômeno crescer de forma preocupante, passando de 81% para 91% em apenas um mês. Este aumento é parte de um quadro maior de agravamento da seca em outros estados da região, como Acre, Pará, Rondônia e Tocantins.
Pra se ter uma ideia, a área de seca extrema no estado passou de 5% para 19% do seu território também em apenas um mês, sendo maior. Essa é a condição mais severa do Amazonas desde sua entrada no Monitor das Secas, que aconteceu em dezembro de 2022. Além disso, é a condição mais intensa da seca entre os estados da federação em julho.
Além disso, a intensificação da seca em estados vizinhos aumenta a preocupação com a sustentabilidade ambiental e econômica da região Norte. A maior parte do território do Acre continua completamente afetada, e Rondônia também enfrenta a totalidade de seu território sob seca, o que evidencia a gravidade da situação.
Cenário nacional
Entre junho e julho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno somente em Roraima, conforme a última atualização do Monitor de Secas. No sentido oposto, em outras 15 unidades da Federação a seca se intensificou nesse período: Acre, o já mencionado Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
Em outros quatro estados a seca voltou a ser verificada em julho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. No aspecto de severidade, a seca ficou estável em cinco unidades da Federação: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão e Pernambuco. Somente dois estados seguiram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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