A crise na saúde pública ganhou novos capítulos. Durante a manhã desta quinta-feira (07/12/2023), aconteceu uma reunião entre o governo estadual e representantes da classe médica na sede do executivo estadual, na qual foi comunicado que apenas um mês dos salários atrasados será quitado ainda este ano, enquanto os demais serão pagos em 2024, distribuídos em cinco parcelas. Apesar disso, houve acordo entre o governo e a categoria e as atividades suspensas deverão ser retomadas.
No final de novembro, 15 cooperativas médicas decidiram diminuir o atendimento na rede pública de saúde alegando falta de pagamento e péssimas condições de trabalho. Anestesiologistas estariam com atraso desde 2021. A Fundação Hospital Francisca Mendes, responsável por cirurgias cardíacas teve seus procedimentos paralisados. Os médicos relataram que no local faltam toda sorte de insumos hospitalares.
Em mensagem distribuída para os associados, 15 representantes de empresas médicas que atuam na rede estadual de Saúde explicaram pontos de reunião com o governador Wilson Lima (União Brasil). O governo alegou que não seria mais possível obter recursos dentro de 2023, com isso, apenas um mês pendente será pago ainda este ano.
Também ficou definido que a partir de 15 de janeiro de 2024 será realizada nova reunião com para apresentar a data de pagamento dos meses de Novembro e Dezembro de 2023. Sobre as dívidas de 2021 e 2022, mesmo que já estejam ajuizadas, foi acordado pagamento parcelado em 5 vezes, a partir de Março de 2024, mediada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM) junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Os representantes afirmaram ainda que todos estes pagamentos dos atrasados correrão em paralelo com os pagamentos correntes dos meses a serem trabalhados de 2024. Os médicos inicialmente não teriam ficado satisfeitos, mas a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ) explicou que não seria possível ir além disso.
Diante da possibilidade de uma disputa judicial de consequências imprevisíveis, o grupo preferiu assinar a ata formal da reunião, aderindo ao acordo. Com isso, os médicos deverão retornar às atividades que estejam paralisadas neste momento.
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