Amazonas

IBGE: 55% da população do Amazonas vive na pobreza

Segundo o levantamento, apenas 9,1% da população do estado possui rendimentos per capita superiores a R$2.000,00

Mais da metade da população do estado do Amazonas (55,1%) vive na pobreza. É o que revela a Síntese de Indicadores Sociais de 2022, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (07/12/2023). Ainda segundo os dados, 10,5% dos amazonenses enfrentam extrema pobreza. Em números absolutos, isso representa 2,2 milhões de pessoas em situação de pobreza e 438 mil na extrema pobreza.

Ainda segundo o levantamento, apenas 9,1% da população do estado possui rendimentos per capita superiores a R$2.000,00. Pra se ter uma ideia, a média nacional de pessoas em situação de extrema pobreza é de 5,9%. Já o Amazonas praticamente dobra esse número, com 10,5% dos seus habitantes nessa situação, ocupando a nona colocação entre todas as unidades federativas.

Desigualdades de Gênero e Raça

Homens brancos lideram os rendimentos no estado, com uma média de R$1.340,00. As mulheres brancas não ficam muito atrás, registrando R$1.334,00. Em contrapartida, os homens pretos ou pardos apresentaram um rendimento médio de R$895,00, enquanto as mulheres pretas ou pardas enfrentaram o menor rendimento entre todos, com uma média de R$860,00. Apesar disso, o grupo mostrou uma variação positiva de 4,3% em relação a 2021.

A análise desses dados reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a redução das disparidades socioeconômicas, promovendo um padrão de vida mais equitativo para todos os cidadãos do Amazonas. O desafio reside em abordar essas desigualdades de maneira abrangente, considerando fatores de gênero e raça, para construir um ambiente mais inclusivo e justo.

Método da pesquisa

A classificação adotada pelo IBGE, seguindo os critérios do Banco Mundial, que considera em extrema pobreza aqueles em domicílios com renda inferior a US$2,15 PPC/dia (aproximadamente R$195,00 por mês), enquanto a pobreza é definida para aqueles com rendimento diário inferior a US$6,85 PPC (cerca de R$623,00 mensais). A pesquisa abrangeu diversos aspectos, incluindo padrão de vida, distribuição de renda, estrutura econômica, mercado de trabalho, condições de moradia e educação no Amazonas e em todo o país.


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